No post de hoje vamos conversar sobre um tema bastante relevante atualmente, que é o crescimento do Cross-border. Acompanhe!
Mas antes de falarmos sobre os números e o crescimento do cross-border, primeiramente é preciso compreender o que este termo significa. De forma objetiva, quando traduzido para o português, cross-border quer dizer “além da fronteira”. Ou seja, é quando um consumidor adquire produtos em sites estrangeiros para receber nas suas casas, residências e nos seus países de origem.
É importante salientar que essa tendência não é um fenômeno brasileiro e vem se expandindo no mundo todo. Na China, por exemplo, também é um sucesso. Nos sites chineses de cross-border o chinês tem o hábito de comprar produtos e marcas de outros países, e com os brasileiros isso não é diferente.
O que é Cross-border?
Como falamos no início do texto Cross-border quer dizer “além da fronteira”. Isso porque a expressão é utilizada para definir os procedimentos comerciais que vão além das fronteiras. Em outras palavras, trata-se de uma operação de exportação onde as presas passam a oferecer seus produtos em outros países.
E, embora essa tarefa possa parecer simples, exige estratégia, planejamento e algumas análises, como o grau de aceitação dos produtos, a padronização de processos, os custos operacionais, as exigências e normas do país de destino, entre outras.
Hoje diversos produtos costumam ser vendidos através desse sistema, contudo, joias, itens relacionados a hardware, itens de saúde, roupas, calçados, bolsas e acessórios, bem como os artigos de beleza, são os responsáveis pelo maior volume de faturamento.
Cross-border no Brasil em 2021
Devido a pandemia ocasionada pela Covid-19, a maioria das pessoas foi impedida de viajar para outros países. Assim, com o fechamento das fronteiras ocorreu um verdadeiro boom do cross-border.
No ano de 2020, essas operações movimentaram aproximadamente 23 bilhões de reais. Lojas como a AliExpress, Shopee e Amazon praticam esse método de vendas em que o consumidor compra os produtos direto do país de origem. Dessa forma, percebe-se que o segmento cresce dia após dia.
E para explicar o crescimento do cross-border no Brasil veja o que o estudo da Nielsen/Ebit, divulgado em janeiro deste ano apontou:
- Em 2020 o cross-border aumentou 76%;
- O cross-border já gera mais de 22,7 bilhões de reais, o que representa cerca de 21% do comércio eletrônico brasileiro;
Como o país segue com as fronteiras fechadas, estima-se que o crescimento do cross-border neste ano, se comparado com o anterior, seja ainda mais significativo.
É válido destacar que o cross-border é relevante e ao mesmo tempo polêmico, quando se compara a competitividade da concorrência da oferta de produtos cross-border com a oferta de produtos comercializados em estabelecimentos brasileiros. Isso acontece porque a isenção nos impostos dos produtos de cross-border torna desigual a disputa pelos consumidores.
Pesquisa sobre compras em sites estrangeiros em 2020
Um estudo recente desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e divulgado em maio de 2021, feito com quase 500 consumidores em vários pontos do país, tentou entender os hábitos de consumo dos brasileiros que compram no cross-border. Confira:
- O tíquete médio de uma compra no cross-border é de R$ 482,00 (7% acima do tíquete médio do e-commerce brasileiro);
- 65% dos entrevistados afirmaram que estão consumindo mais em sites de outros países.
Um ponto relevante da pesquisa que chamou a atenção foi a redução dos prazos de entrega ofertados nesse sstema. Com várias soluções logísticas que essas lojas têm oferecido, as entregas que demoravam entre 30 e 40 dias estão sendo feitas em semanas. Outro aspecto que também deve ser levado em consideração quando se fala em aumento do cross-border foi o fato de 87% dos entrevistados terem afirmado que receberam as compras dentro do prazo permitido de entrega, o que expõe um alto nível de satisfação.
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